terça-feira, 5 de julho de 2011

, tantos momentos bons que vivi, e eu achando que aquilo tudo ainda não era a minha felicidade, ouvir musicas, jogar futebol com uma garrafa pet, girar o caderno com o dedo, colar chiclete em lugares proibidos, dividir um Trident na balada, inventar passos de dança, jogar blackjack, assistir filminho infantil, fingir estar gravida ... E pensar que pra ser feliz não é preciso ter boas roupas, carros do ano, amigos ricos, pra ser feliz basta simplesmente ser você.
Eu colocaria saudade como palavra chave de tudo o que sinto hoje. Quem me dera ter um quintal de terra pra fazer bolinhos de barro, pedras pra fingir ser carne moida, papeis usados pra fazer competição de barquinhos na bacia de minha avó, usar uma flor no cabelo; Como minha eterna Lispector, usei a virgula no começo desse desabafo pra perceber que minha saudade não terá começo nem fim, desequilibrando e bagunçando meus sentimentos e percepções.


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." Clarice Lispector


ser somente saudade já é muito pra mim.


Fernanda Lira.

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